Fugindo da rotina
As pessoas acham que a rotina é um bicho papão inevitável nas relações e que o tempo de convívio é suficiente para levar qualquer pessoa ao tédio mas não é bem assim. A rotina é muito confundida com a ideia de uma agenda previsível, como se ali já estivesse embutida uma grande dose de tédio e marasmo. Ter certa previsibilidade sobre sua agenda não é um atestado de chatice e conhecer uma pessoa a fundo também não.O tédio é mais fruto de falta de curiosidade pela vida do que por causa da rotina. Alguém que consegue olhar a mesma coisa sob muitas perspectivas e que acomoda seu coração numa ideia fixa sobre tudo é candidata a uma vida onde a rotina seja sinônimo de tédio. Já a pessoa que consegue mesmo numa semana de trabalho pesado buscar energia dentro de si (sem depender se o sol vai aparecer ou se vai receber um elogio do chefe) provavelmente não sentirá tédio.
Ao olhar a pessoa que você ama sempre do mesmo jeito o tédio se instala na rotina, mas ao tentar se encantar com cada movimento novo e inevitável na vida, a rotina vai embora. E como olhar a mesma pessoa de diferentes formas ao longo do tempo? Sendo uma pessoa diferente! Você pode mudar de lugar, roupa, cabelo, mas se seu olhar sobre si mesmo estiver viciado e sem interesse, não há fórmula mágica que mude.
O cenário interno determinará o quanto você está cansado da vida e negando sua transformação. A rotina é o hábito de se nega a pensar, então pense e sinta com muita intensidade, porque a sua vida é muito preciosa e assim a rotina tediosa não se abaterá sobre seu relacionamento.